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Entrevista | Rodrigo Coelho quer velocidade na vacinação para salvar vidas e economia

Por: Marcos Schettini
09/03/2021 18:49
Cleia Viana/Câmara dos Deputados

Parlamentar em primeiro mandato na Câmara dos Deputados, Rodrigo Coelho tem demonstrado um desempenho que merece seu devido reconhecimento. Filiado ao PSB, mas em conflito com a sigla, tem votado em muitas pautas do Governo Bolsonaro no que define como “bom para o país”.

Em entrevista exclusiva ao jornalista Marcos Schettini, o deputado federal comentou sobre a gravidade atual do coronavírus no Brasil e afirmou que somente com velocidade na vacinação será possível vencer esta pandemia, que tira muitas vidas e fere a economia. Ainda, falou sobre o Governo Moisés e Adriano da Catarinense. Confira:


Marcos Schettini: O Brasil perdeu para o coronavírus?

Rodrigo Coelho: Infelizmente, chegamos a uma situação muito delicada. Quando a pandemia começou, há um ano, não esperávamos estar com o cenário atual. Agora, temos que trabalhar para salvar vidas devido à falta de leitos, o que é lamentável, pois recursos não faltaram. Ao mesmo tempo, precisamos vacinar de forma rápida a maior parte possível da população. Apenas a vacina vai nos tirar dessa situação difícil e nos devolver segurança e normalidade. A luta é diária e só vamos vencer definitivamente se todos guardarem suas bandeiras partidárias e trabalharem juntos e pelo mesmo objetivo.

Schettini: Não é necessário fechar boa parte do país para ajustar o retorno ao controle?

Rodrigo Coelho: A crise provocada pelo coronavírus aumentou o desemprego no país e levou muitos negócios e empresas a decretarem falência. O objetivo é salvar vidas e empregos. Não é uma coisa ou outra. Entendo que a imunização é a única solução para vencermos essa pandemia. Precisamos unir esforços para acelerar a vacinação e reforçar, mesmo após um ano de pandemia, as campanhas de conscientização sobre a importância do uso de máscaras e de evitar aglomerações.


Schettini: Como o Sr. tem observado o trabalho do governador Carlos Moisés nesta segunda etapa?

Rodrigo Coelho: Política é diálogo. O governador Carlos Moisés tem se esforçado para se aproximar mais de outras lideranças políticas e empresariais de Santa Catarina. Isso é fundamental para atender as inúmeras demandas do Estado e recuperar o tempo perdido. Superado o processo de impeachment, até houve uma mudança de comportamento, mas que ainda considero tímida.


Schettini: Qual é o quadro político federal e estadual em 2022?

Rodrigo Coelho: O momento em que vivemos é delicado, exige que estejamos totalmente focados em ações efetivas para superar o momento desafiador que passa o Brasil e o mundo. Temos muito trabalho e não podemos pensar em eleições diante da crise que vivemos.


Schettini: O extremismo não é prejudicial para o país? Confronto ideológico não está acima da Nação neste momento?

Rodrigo Coelho: Eu não defendo e nunca defendi extremismos. Confrontos ideológicos não podem estar acima de qualquer interesse que diminua o Brasil, principalmente, quando o maior prejudicado vai ser o cidadão. Moderação é o que precisamos, em especial, num momento em que o País está afundado na maior crise de sua história. Agora não é o momento de conflitos. Temos um inimigo comum, que é o Covid-19. Precisamos da união de todos para vencer a luta contra esse vírus e retomar o crescimento econômico e a vida social.

Schettini: O PSB tirou seu nome da disputa eleitoral do ano passado? Por que o presidente Carlos Siqueira prende sua liderança?

Rodrigo Coelho: Quando entrei no PSB, foi por um projeto político diferente do atual. Era o projeto de Eduardo Campos, um líder diferenciado, que vinha construindo um partido mais aberto às diferenças e menos radical. Com o falecimento de Eduardo, o partido começou a ter uma direção que muitos filiados não concordam. E eu não sou o único. Como já disse, sou contra radicalismos. Penso que se o PSB ouvisse mais a posição da bancada, prefeitos, governadores e filiados, as coisas poderiam ter sido diferentes.


Schettini: A janela para sua saída do PSB é certa. Vai para qual partido?

Rodrigo Coelho: Por enquanto, estou focado no meu trabalho como deputado federal, tanto em Brasília quanto em Joinville e Santa Catarina. Tenho uma ação judicial no TSE para sair do PSB que deve ser definida nos próximos meses. A definição do partido será pensada e realizada no momento certo para isso.

Schettini: Joinville ainda não foi contemplado no governo Carlos Moisés. Por quê?

Rodrigo Coelho: Joinville é a cidade com o maior PIB de Santa Catarina, a que mais arrecada impostos para o nosso Estado e historicamente não recebe os investimentos de acordo com sua grandeza. Além das várias obras que são de conhecimento do governador e sua equipe, temos grandes referências nas mais diversas áreas que poderiam estar contribuindo com o Governo do Estado. Uma pena, pois quem perde é Santa Catarina.


Schettini: Qual é o espaço eleitoral que o Sr. vai buscar nas eleições?

Rodrigo Coelho: Desde o primeiro dia do mandato estou empenhado em resgatar o protagonismo de Joinville e de Santa Catarina no Brasil, trazendo mais recursos para o nosso Estado e ser um grande parceiro dos municípios em Brasília. Meu desejo é continuar trabalhando pelos catarinenses.


Schettini: Que avaliação o Sr. tem do governo Adriano da Catarinense?

Rodrigo Coelho: Meu partido é Joinville. Ainda é cedo para qualquer avaliação. Independente das eleições, temos que trabalhar por nossa cidade. Tenho certeza que o prefeito Adriano pensa da mesma forma. Já deixei claro que continuo trabalhando para trazer mais recursos para Joinville, sendo um parceiro da Prefeitura em Brasília. O momento em que vivemos é delicado e exige muito trabalho e união para vencermos a pandemia.


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